Discute a pertinência do quanto o uso dos conceitos de mal banal e mal radical se esboçam como potenciais referências analíticas para a compreender os processos de desinformação que circulam na esfera pública, em especial nas plataformas de rede social, como forma de fomentar uma problematização que defende que essas manifestações encontram-se fundamentadas tanto na pauperização interpretativa dos sujeitos e coletividades, quanto no ódio reproduzido de forma instrumental, perpetuado em razão de interesses políticos, econômicos e religiosos. Dessa forma, o presente (...) estudo apresenta aspectos relativos às noções de mal radical (Kant) e sua rearticulação na obra de Arendt (mal banal e mal radical), os relacionando, aos conceitos de desinformação, de esfera pública e de mundo da vida como forma de teorizar o quanto a desinformação inviabiliza a ampliação de atos inter locucionários e o entendimento intersubjetivo no âmbito da política. (shrink)

Humility, in a variety of forms, has been examined in educational contexts in recent years. However, its association with a particular pedagogical method remains an unexplored area of inquiry. Likewise, social justice and student voice are a concern in international education arenas, including in higher education, but are not usually connected to virtue acquisition or demonstration. The student voice for social justice (SVSJ) pedagogical method, based on the framework of Nancy Fraser, seeks to aid practitioners in higher education to ensure (...) that social justice and student voice, mediated by notions of humility, are at the forefront of higher education practices across disciplines. This is accomplished by creating spaces for students’ active participation and voice in course content development and classroom learning. In this paper, we expand philosophical explorations of intellectual humility (IH) and cultural humility (CH) as virtues that mediate teaching and learning practices and interactions in classrooms during SVSJ implementation. This ensures that each student is recognised as an important knowledge holder and that diverse ways of knowing, knowledge systems and cultural traditions are valued in higher education teaching and learning spaces. (shrink)

This article establishes a dialogue between the philosopher Axel Honneth and the feminist scholars Silvia Federici and Nancy Fraser. The aim is to emphasize the limits of Honneth’s philosophical reflections on the normative dimension of the family developed in Freedom’s Right. First, I present his ideas on how a normative expectation of social freedom permeates familial relations. According to him, after women entered the labour market, a normative notion of symmetrical participation in the family was produced. I aim to defend (...) here that, whether normative or not, this idea of family is not only limited but also false, since it does not consider the dilemmas of social reproduction whose consequences contradict social freedom. Next, I develop Federici’s and Fraser’s analyses of how families have always faced conflicts concerning the requirements of social reproduction and have produced diverse forms of subjugation that go against the very idea of the family as an unquestioned sphere of freedom. It is necessary to analyse how families produce new forms of subjugation to transform familial relations into truly possible ways of being socially free – and this requires making visible some figures who structure the family, such as nannies, friends and grandparents. (shrink)

Procura-se neste artigo refletir sobre o papel da filosofia de John Dewey na educação sem contudo fazer a história de sua presença no Brasil. Sendo impossível analisar todas as suas ideias, o autor selecionou alguns temas básicos da obra de Dewey: experiência e criatividade, papel do professor, sociedade e democracia. Discute-se a importância, para os educadores, do retorno à teoria de Dewey nos tempos atuais, bem como a necessidade de uma reflexão profunda sobre suas ideias. Como conclusão, pergunta-se qual a (...) contribuição do pensamento de Dewey para a prática educacional, hoje, nas escolas brasileiras. (shrink)

O Equador sobressai na América Latina pela intensidade do indigenismo. A Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador e o Movimento de Unidade Plurinacional Pachakutik – Novo País são pilares desse destaque. Concebido como história do tempo presente, o artigo examina a trajetória desse indigenismo, discutindo alguns dos seus principais resultados, como a inclusão da referência à plurinacionalidade e interculturalidade do Estado e da sociedade na Constituição do país. Utilizando fontes orais, com testemunhos vivos, o estudo ocupa-se de uma história em (...) construção e em devir, e mostra que esse indigenismo enfrenta desafios que clamam por equacionamento. (shrink)

O presente ensaio consiste numa apropriação do argumento desenvolvido por Paulo Arantes no seu ensaio “O novo tempo do mundo” de modo a refletir sobre o cenário da pandemia no contexto social brasileiro.

O presente artigo pretende expor a Filosofia de Eric Weil a partir da relação intrínseca, tanto da categoria Sentido, como do conceito de retomada, presentes em todo o seu corpo filosófico. O texto apresenta, ainda, o próprio conceito de retomada como elemento teórico que permite a abertura do sistema weiliano e uma forma privilegiada de aplicação da cate­goria Sentido. Assim, Filosofia, Sentido e Retomada são compreendidos enquanto termos entrelaçados que permitem a apreensão da história humana como algo sensato.

Na presente investigação, objetivou-se analisar, a partir do referencial teórico e metodológico pós-estruturalista, os conceitos de Ciência, Tecnologia e Sociedade na trama com a educação e o ensino de Ciências. Como substrato teórico são utilizadas obras de Michel Foucault, Gilles Deleuze e Felix Guattari, ofertando pistas para ampliar a discussão destes conceitos. Na reunião dos saberes investigados, afirma-se um pensamento científico que desenvolve a produção de sentidos para a educação. Diante do exposto, pensa-se em um ensino, que crie estratégias de (...) existências, que reivindique a trama de teorias e práticas, operando os conteúdos científicos na Sociedade. (shrink)

O objetivo deste trabalho é discutir o que significa ler e escrever no pensamento de Friedrich Nietzsche. Criticando a supremacia da subjetividade que coloca o corpo em segundo plano, o filósofo revela que escrever é mais do que formar sentenças. Junto com o escrever, há uma maneira artística de um autor mostrar os próprios impulsos e vivências. E também o leitor deve prestar atenção e reconhecer nos textos sua própria experiência de vida. O estilo nietzschiano não é sistemático. Isso já (...) prova que ele se preocupou mais com seus próprios instintos criativos do que com as regras impostas pela tradição, dando uma nova perspectiva às artes de escrever, ler, interpretar e criar. (shrink)

Describing actions entails that relations between objects are discovered. A pervasively neural account of this process requires that fundamental problems are solved: the neural pointer problem, the binding problem, and the problem of generating discrete processing steps from time-continuous neural processes. We present a prototypical solution to these problems in a neural dynamic model that comprises dynamic neural fields holding representations close to sensorimotor surfaces as well as dynamic neural nodes holding discrete, language-like representations. Making the connection between these two (...) types of representations enables the model to describe actions as well as to perceptually ground movement phrases—all based on real visual input. We demonstrate how the dynamic neural processes autonomously generate the processing steps required to describe or ground object-oriented actions. By solving the fundamental problems of neural pointing, binding, and emergent discrete processing, the model may be a first but critical step toward a systematic neural processing account of higher cognition. (shrink)

How does the human brain link relational concepts to perceptual experience? For example, a speaker may say “the cup to the left of the computer” to direct the listener's attention to one of two cups on a desk. We provide a neural dynamic account for both perceptual grounding, in which relational concepts enable the attentional selection of objects in the visual array, and for the generation of descriptions of the visual array using relational concepts. In the model, activation in neural (...) populations evolves dynamically under the influence of both inputs and strong interaction as formalized in dynamic field theory. Relational concepts are modeled as patterns of connectivity to perceptual representations. These generalize across the visual array through active coordinate transforms that center the representation of target objects in potential reference objects. How the model perceptually grounds or generates relational descriptions is probed in 104 simulations that systematically vary the spatial and movement relations employed, the number of feature dimensions used, and the number of matching and nonmatching objects. We explain how sequences of decisions emerge from the time‐ and state‐continuous neural dynamics, how relational hypotheses are generated and either accepted or rejected, followed by the selection of new objects or the generation of new relational hypotheses. Its neural realism distinguishes the model from information processing accounts, its capacity to autonomously generate sequences of processing steps distinguishes it from deep neural network accounts. The model points toward a neural dynamic theory of higher cognition. (shrink)

O presente artigo visa apresentar a concepção multifacetada do anarquismo oferecida pela pensadora política e militante anarquista Voltairine de Cleyre. Como no caso de um pensador radical, a obra não pode jamais estar dissociada da prática, iniciamos com um breve resumo da vida dessa anarquista, ainda hoje surpreendentemente desconhecida mesmo entre o público mais especializado. Em seguida passamos propriamente para a sua compreensão do anarquismo enquanto teoria socioeconômica e movimento político, nela, indissociável da defesa do que nomeou como “Novo Espírito” (...) anarquista – uma concepção original sua que aqui entendemos como capaz de conciliar a unidade da luta e dos princípios com a multiplicidade das formas de ser, dos modos de agir e individualidades várias que são sempre únicas e levam sempre à mudança. (shrink)

Diz Marx do proletariado que esse é o estamento social que é dissolução de todo estamento, que é a esfera social que constitui a perda total da humanidade e cuja condição de emancipação é o reganho total dessa humanidade (Crítica da filosofia do direito de Hegel). Por outro lado, caracteriza um Lumpenproletariat, ‘putrefação passiva das camadas mais baixas da velha sociedade’, como, de todos os aliados possíveis, o pior; canalha perfeitamente venal e inteiramente importuna, cuja condição de vida predispõe mais (...) a servir de capanga às forças da reação (Manifesto Comunista). No mesmo século, imagem análoga a essa aparece registrada em jornais e relatórios policiais, onde as “classes da desordem” são caracterizadas como compostas de seres sem escrúpulos, dotados de apetites sexuais exagerados, usando de todos os subterfúgios e não recuando diante de nenhum meio que lhes sirva para ganhar dinheiro. Caracterização que, do alto das forças de coesão/coerção do ordenamento social, opera a identificação da escória social ao proletariado, tomando a prostituta como irmã natural da revolta e ligando numa mesma ordem de sentido os inferninhos, o vício e as barricadas, como indicado por Alphonse Esquiros em Les Vierges folles. Essa intuição permite aproximar, em chave dialética, a posição do estamento que é dissolução de todo estamento à do baixo proletariado; dialética cuja chave se deixa pensar a partir do abjeto batailleano, como negativo que expõe – não apenas um nada, mas, numa negação mais profunda – um menos que nada como objeto-negação-do-objeto na abjeção. Considerada em sua radicalidade, a posição do objeto social abjeto – cuja não cessação da não inscrição, passando pela retorta dos processos de significação, mantém a fantasia da integração (social) – pode, num esforço de determinação expositiva, ser sustentada com o apoio da teoria da prática psicanalítica lacaniana acerca da estrutura do ato psicanalítico. Essa ancoragem permitirá elaborar uma leitura em que o lugar de objeto-abjeto da escória expõe, como núcleo obsceno da ordem social vigente, as condições de instituição da mesma por um ato mesmo de destituição. (shrink)

Este artigo buscou problematizar dados de uma pesquisa de viés socioantropológico, realizada em uma comunidade indígena Pataxó localizada na cidade de Itapecerica- MG, acerca da educação intercultural. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que utilizou a revisão de literatura, entrevistas narrativas, bem como análise documental como método de pesquisa. Apoiando em estudos sobre interculturalidade, e em uma coletânea das histórias indígenas contadas na comunidade em questão, foi possível entrecruzar as vozes da comunidade indígena, constatando que a educação intercultural é uma maneira (...) de legitimar direitos às minorias indígenas e um modo de fortalecer suas tradições culturais. Através das histórias indígenas e de outras ferramentas educativas utilizadas na escola da aldeia Muã Mimatxi, a comunidade indígena se mostra como agente ciente da própria educação, em diálogo constante com outros conhecimentos e tradições, a fim de construir seus projetos de futuro. (shrink)

This article argues that Durkheim's theory of suicide is deficient because of its monocausal reasoning, its conception of suicide as an action without subjects, and its characterization of preliterate societies as harmonious, self-contained, and morphologically static. It shows that these deficiencies can be overcome by including cultural and social-psychological considerations in the analysis of suicide-specifically by including culture as a causal force in its own right and drawing links between social circumstances, cultural beliefs and values, and individual dispositions. The authors (...) make their case by analyzing ethnographic and quantitative data on the preliterate Guarani-Kaiowá of southwestern Brazil, one of the most suicide-prone groups in the world. (shrink)

Analisarei o romance Um Diário do Ano da Peste de Daniel Defoe como sendo um experimento mental que nos fornece prescrições consistentes sobre como agir em tempos de pandemia. Para mostrar que obras de ficção não possuem apenas valor estético, mas também um caráter cognitivo, defenderei o cognitivismo crítico e sustentarei desse modo que os ganhos cognitivos que temos a partir de uma obra de ficção acontecem em uma reflexão posterior à experiência imediata com a obra. Em seguida, argumentarei que (...) a ficção possui uma vantagem heurística frente à filosofia e às ciências, pois uma narrativa ficcional fornece ao espectador uma perspectiva privilegiada dos fatos ou dos pensamentos de uma personagem. Essa perspectiva pode sensibilizar o espectador e fazê-lo ter empatia pela personagem que sofre; e isso pode funcionar, em tempos de pandemia, como uma defesa das medidas de prevenção, a exemplo do isolamento social. (shrink)

Metametaphysics is the study regarding the foundations and the methodology of Metaphysics. We’ll analyze in this paper three methodologies that established the origins of Metametaphysics in the Analytic Tradition: that of Alexius Meinong, Rudolf Carnap and Willard van Orman Quine. According to Meinong, there is a distinction between ‘to exist’ and ‘there is’ and, in order to preserve the intuition that every intentional act is directed towards an object, there are things that do not exist. According to Carnap, the questions (...) in Metaphysics can be easily answered by empirical or inferential means once we adopt a linguistic framework and answer these questions internally to this framework. Quine argued that to take an entity as existing is to take it as the value of a bound variable. Metametaphysics is relevant because it disambiguates our vocabulary and makes the philosophers avoid verbal disputes. Our objective in this paper was not to show our preferences to one of these methodologies but to provide a starting point for those who are not familiar with these matters — just so other researchers may engage with the issues that belong to Metametaphysics. (shrink)

Can a planetary anthropology cope with both the "provincial cosmopolitanism" of alternative anthropologies and the "metropolitan provincialism" of hegemonic schools? How might the resulting "world anthropologies" challenge the current panorama in which certain allegedly national anthropological traditions have more paradigmatic weight--and hence more power--than others? Critically examining the international dissemination of anthropology within and across national power fields, contributors address these questions and many others.

This study investigated teachers' views of forgiveness and institutional pardon for conflict resolution at schools. We asked, "Should teachers endorse student resolution of interpersonal conflicts at school by asking for forgiveness and forgiving?" "Considering that students' conflict led to behaviours that violated norms in the school, should schools pardon students' misconduct if students effectively used forgiveness for interpersonal conflict resolution?" Finally, "Is an internal and autonomous orientation for forgiveness related to social harmony or interpersonal ethics of care?" Fifty-three participants answered (...) a background information questionnaire and two dilemmas. Findings showed that teachers endorse forgiveness as social expectation, a humanitarian, moral response to conflicts at conventional levels. Teachers do not endorse institutional pardon because they do not perceive forgiveness as being related to resolving social issues. Opposition to forgiveness and pardon was supported by authoritarian, discipli narian views of education. (shrink)

No momento em que oposições seculares – tais como real versus imaginário, razão versus mito, inteligível versus sensível, vida mental versus vida material – se encurtam e o poder passa a ser exercido não só pela coerção material, mas também pela dominação simbólica, percebe-se que, cada vez mais, procura-se conciliar razão e imaginário. Entende-se, assim, que a tradição é mantida através dos mitos e das lendas. O que se deseja, realmente, é manter-se o passado dentro do futuro. A sociedade tem, (...) como objetivo, o futuro. Entretanto, ela se mantém sob as regras do passado. O imaginário é sempre, em certa medida, imitação do passado, mas é uma imitação deformada pelo próprio mecanismo de projeção, que mais não pode fazer a não ser transformar os preceitos, as estruturas adquiridas pelas aprendizagens adaptativas, suprimindo-lhes outros preceitos e outras estruturas, condicionando-os a tornarem-se, sem apelo nem agravo, diferentes daquilo que são. A criança não está livre desse processo. Constantemente ela é bombardeada pelas imagens publicitárias, cinematográficas e televisionada, além das várias modalidades de Literatura que permeiam o seu cotidiano. Palavras-chave: Literatura fantástica; Infância; Imaginário e religião. ABSTRACT In a moment when secular oppositions curtail (such as the real versus the imaginary, reason versus myth, the intelligible versus the sensitive, mental life versus material life) and power comes to be exerted not only through material coercion but also through symbolical domination, one notices a growing tendency towards conciliating reason and the imaginary. Thus, tradition is kept through myths and legends, as the aim is really to hold the past inside the future. Society aims at the future. However, it keeps the rules of the past. In a way, the imaginary is always an imitation of the past, but an imitation deformed by its own projection mechanism, which cannot but transform precepts and frameworks acquired through adaptive learning, suppressing other precepts and frameworks and conditioning them to become different from what they are. The child is not free from that process, being constantly exposed to publicity, cinema and television images, besides the various kinds of literature that permeate his daily life. Key words: Fantastic literature; Childhood; The imaginary and religion. (shrink)

This paper provides an argument for a more socially relevant philosophy of science (SRPOS). Our aims in this paper are to characterize this body of work in philosophy of science, to argue for its importance, and to demonstrate that there are significant opportunities for philosophy of science to engage with and support this type of research. The impetus of this project was a keen sense of missed opportunities for philosophy of science to have a broader social impact. We illustrate various (...) ways in which SRPOS can provide social benefits, as well as benefits to scientific practice and philosophy itself. Also, SRPOS is consistent with some historical and contemporary goals of philosophy of science. We’re calling for an expansion of philosophy of science to include more of this type of work. In order to support this expansion, we characterize philosophy of science as an epistemic community and examine the culture and practices of philosophy of science that can help or hinder research in this area. (shrink)

Este precioso livro surge a partir da publicação da tese de doutorado do Antonio Carlos de Oliveira Rodrigues (ou Tarquínio para os mais próximos) realizada em 2015 pela PUC/SP.

Not limited to merely mathematics, probability has a rich and controversial philosophical aspect. _A Philosophical Introduction to Probability_ showcases lesser-known philosophical notions of probability and explores the debate over their interpretations. Galavotti traces the history of probability and its mathematical properties and then discusses various philosophical positions on probability, from the Pierre Simon de Laplace's “classical” interpretation of probability to the logical interpretation proposed by John Maynard Keynes. This book is a valuable resource for students in philosophy and mathematics and (...) all readers interested in notions of probability. (shrink)

One of the first to criticize the verifiability theory of meaning embraced by logical empiricists, Reichenbach ties the significance of scientific statements to their predictive character, which offers the condition for their testability. While identifying prediction as the task of scientific knowledge, Reichenbach assigns induction a pivotal role, and regards the theory of knowledge as a theory of prediction based on induction. Reichenbach’s inductivism is grounded on the frequency notion of probability, of which he prompts a more flexible version than (...) that of Richard von Mises. Unlike von Mises, Reichenbach attempts to account for single case probabilities, and entertains a restricted notion of randomness, more suitable for practical purposes. Moreover, Reichenbach developed a theory of induction, absent from von Mises’s perspective, and argued for the justification of induction. This article outlines the main traits of Reichenbach’s inductivism, with special reference to his book Experience and prediction. (shrink)

O nosso objetivo, neste artigo, é argumentar que o negacionismo não é uma forma de ceticismo. Enquanto o cético concede o seu assentimento às proposições que possuem evidências contundentes e suspende o seu juízo a respeito das proposições obscuras, o negacionista, segundo Lawrence Torcello (2016), rejeita um consenso científico por motivos que são independentes da pesquisa e do progresso das ciências. Além disso, o negacionista, mais do que negar uma tese bem estabelecida pela comunidade especializada, e longe de suspender o (...) juízo acerca de proposições obscuras, sustenta categoricamente teses equivocadas que dizem respeito, por exemplo, ao formato plano (ao invés de geoidal) do planeta que habitamos. Em suma, argumentamos que os negacionismos, ao invés de corresponderem a formas de ceticismo, consistem em dogmatismos conspiratórios. (shrink)

Argumento, seguindo a perspectiva de Amie Thomasson acerca da metafísica da ficção, que os objetos ficcionais são artefatos abstratos. No entanto, o artefactualismo encontra dificuldades em fazer sentido das propriedades que podemos atribuir corretamente a um objeto ficcional: como é possível que um personagem ficcional, como L. B. Jefferies do filme Janela Indiscreta, seja um fotógrafo e um artefato abstrato ao mesmo tempo? Tal personagem pode fazer algo como investigar um crime? A fim de solucionar essa tensão conceitual, introduzo o (...) vocabulário desenvolvido por Andrea Bonomi que trata dos proferimentos ficcionais, metaficcionais e paraficcionais. Então, em oposição às perspectivas que usam a noção de faz-de-contas para analisar o discurso ficcional, apresento a teoria dos adjetivos modificacionais de Hans Kamp e Barbara Partee e argumento que os usos que fazemos do adjetivo ‘ficcional’ são intersectivos no que diz respeito à metafísica dos objetos ficcionais, enquanto são privativos no que diz respeito às propriedades que lhes são atribuídas de acordo com a história. Consequentemente, apesar dos objetos ficcionais não exemplificarem as propriedades que lhes são atribuídas em uma história, uma vez que artefatos abstratos não têm localização espacial e não podem estabelecer interações causais com outros objetos, essas são as propriedades que temos permissões e somos obrigados a lhes atribuir. Assim, apresento uma perspectiva unificada sobre como as nossas práticas de ficção são inteligíveis e estão de acordo com a perspectiva artefactual. (shrink)

Investigations into the neurobiology of moral cognition are often done by examining clinical populations characterized by diminished moral emotions and a proclivity toward immoral behavior. Psychopathy is the most common disorder studied for this purpose. Although cocaine abuse is highly co-morbid with psychopathy and cocaine-dependent individuals exhibit many of the same abnormalities in socio-affective processing as psychopaths, this population has received relatively little attention in moral psychology. To address this issue, the authors used functional magnetic resonance imaging (fMRI) to record (...) hemodynamic activity in 306 incarcerated male adults, stratified into regular cocaine users (n = 87) and a matched sample of non-cocaine users (n = 87), while viewing pictures that did or did not depict immoral actions and determining whether each depicted scenario occurred indoors or outdoors. Consistent with expectations, cocaine users showed abnormal neural activity in several frontostriatial regions during implicit moral picture processing compared to their non-cocaine using peers. This included reduced moral/non-moral picture discrimination in the vACC, vmPFC, lOFC, and left vSTR. Additionally, psychopathy was negatively correlated with activity in an overlapping region of the ACC and right lateralized vSTR. These results suggest that regular cocaine abuse may lead to affective deficits which can impact relatively high-level processes like moral cognition. Moreover, they add to a growing body of research suggesting an important role for the mesocorticolimbic dopamine pathway in socio-affective processing. (shrink)